sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Domine, ou seja, dominado

Átila, o rei dos Hunos, nasceu em 395 da nossa era no Danúbio. Filho do rei Mundzuk, foi de linhagem mongol. Átila se tornou um grande guerreiro e líder do seu povo, e estendeu seu domínio pelo mundo antigo chegando até ao norte da África. Ele tinha uma “visão ambiciosa” e conseguiu concretizá-la. 

Moisés era um homem de 80 anos de idade e viveu a mais de três mil anos no Egito. Havia estudado e participado da administração do império egípcio e tinha experiência em engenharia e tecnologia. Com essa idade assumiu a liderança de uma nação com mais de dois milhões e meio de pessoas. Ele tinha uma “visão de serviço” e conseguiu concretizá-la. 

Jesus dividiu a historia com o cumprimento de sua missão. Ele tinha apenas 33 anos de idade quando isto aconteceu. Apesar disto ter ocorrido há cerca de dois mil anos, a execução daquela missão do Senhor afeta o nosso calendário e nossa vida até hoje. Jesus tinha uma “visão holística”, e, para cumpri-la, foi um líder servo. As três historias mostram diferentes perspectivas de poder. Átila tinha a ambição que, por natureza, é um desejo imoderado de poder ou riqueza e tende a corromper a pessoa. A historia de Moisés é dividida em três etapas de 40 anos cada: a primeira, ele viveu no Egito, a segunda, no deserto, e a terceira também no deserto, mas como um líder do povo de Israel. Sua visão era servir a um povo que era escravizado e que precisava ser salvo. Ele não teve um beneficio próprio com isto, mas teve o privilegio de ser usado por Deus para cumprir um propósito. 

A historia de Jesus dispensa comentários. Sua visão levou-o a liderar e servir, não se apegar ao poder e focar no legado. Como um líder-servo, ele iniciou a igreja com 12 homens no alto comando, ensinando-os também a não serem dominados pelo poder. Átila empreendeu grandes conquistas, mas o império que Le construiu não existe mais. Moisés conduziu um povo da escravidão à liberdade, e apesar de ter se desintegrado em vários momentos, a nação de Israel continua sólida até hoje. Jesus pensou nas pessoas, e criou uma organização sem fronteiras. Átila liderou para alimentar sua ambição. Moisés liderou para libertar e estabelecer um povo. Jesus liderou e deu a própria vida par que sua missão se tornasse realidade. A liderança carrega em seu bojo o poder. Átila se deixou seduzir pelo poder. Sua liderança foi muito forte, mas não existem marcas do seu legado hoje. Moisés e Jesus foram servos da missão e não permitiram que o poder os seduzisse ou determinasse seus rumos. Às vezes, o poder possui o líder, e o líder não possui o poder. O que você não possui você não domina. As três historias mostram isto. Átila foi um líder possuído pelo poder. 

Moisés usou o poder para atingir uma missão. Jesus recebeu todo o poder no céu e na terra, mas foi um servo que liderou. Ele não considerou o ser igual a Deus algo a que devia se apegar. Jesus possuiu e usou o poder para cumprir a missão. Muitos líderes necessitam desaprender o que sabem sobre poder – pois o que sabem contraria a essência do que significa ser servo. Precisam aprender a dominar e usar o poder para serem servos e cumprirem a missão para a qual foram chamados. 

Líderes só recebem poder por causa de uma missão. Poder por ambição compromete a missão. A luta pelo poder começa dentro do líder. Ou o líder domina o poder, se torna um servo e cumpre sua missão, ou o poder o domina e ele desejará construir seu império e colocará em risco seu legado. Quando então um líder domina o poder que recebeu? Provavelmente quando se torna um servo.  

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DIZEM AS MÁS LINGUAS.

Há uma história atribuída ao filósofo grego Sócrates, que quero compartilhar com o leitor: “Na Grécia antiga, Sócrates (469-399AC) era um mestre reconhecido por sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo se encontrou com um conhecido, que lhe disse: Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos? Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria que você passasse por um pequeno teste. Chama-se ”Teste dos três filtros”. Três filtros? Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar o que vai me dizer.
O primeiro filtro é o da Verdade. Você está completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade? Bem, não… Acabo de saber neste mesmo instante… Então, você quer me contar sem saber se é verdade?
Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno? Não, pelo contrário… Então, interrompeu Sócrates, quer me contar algo de ruim sobre ele que não sabe se é verdade?
Bem, você pode ainda passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, o da Utilidade. O que quer me contar vai ser útil para mim? Acho que não muito…Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, pode não ser bom e pode não ser útil, para que contar?
Se os três filtros de Sócrates fossem observados sempre, imagine a quantidade de amizades que seriam preservadas, de casamentos que não seriam destruídos, de reputações que não seriam destroçadas. Infelizmente há um prurido no ser humano para falar (mal) de outros. Você já deve ter ouvido o chavão: “dizem as más línguas…”. Ora se são más as tais línguas, porque a minha própria reproduzirá o que elas disseram, tornando-se igualmente má?
A língua continua sendo um fogo devorador, de efeitos devastadores, como escreveu Tiago, um mundo de iniqüidade, um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Há algo que alimenta o vício de falar mal de outros: os consumidores de fofoca. É como o tráfico de drogas, só há traficante porque há usuários. Assim também aquele que espalha o mal sobre os outros, sem sequer saber se é verdade e pelo simples prazer em falar mal, é um traficante de destruição, que tem consumidor. Tolo, se o sujeito fala mal de outros para você, falará mal de você para os outros.
Quero começar a observar os tais três filtros, tanto no que vou dizer, como no que vou ouvir. Se for verdade, terá também que ser dito por bondade e, ainda assim, terá de ser útil. Caso não se saiba se é verdade, ou passar longe da bondade e não for útil para alguém, se não servir para edificação, não quero falar e também não quero ouvir.
Pedro, o apóstolo, aconselha o seguinte: “Pois, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e os seus lábios de palavras enganosas. Afaste-se do mal e faça o bem; busque e siga a paz.
Se os filtros de Sócrates e o conselho de Pedro fossem observados, muitos casamentos, amizades e comunidades permaneceriam íntegras e o mundo seria mais pacífico, um lugar melhor para se viver. Quando alguém chegar para você e disser: “dizem as más línguas” e seus olhos brilharem e você ficar atiçado para ouvir, lembre-se dos filtros e não compactue com a maldade das tais línguas. Façamos assim e seremos homens de Deus que não tenha de que se envergonhar e maneja bem a palavra da verdade.

Em Cristo Pr. Carlos Nelson.