O
Silêncio dos Covardes: texto Atos 18:9-11
Há um dito que circula entre os evangélicos que diz com muita
propriedade: “O silêncio de um crente é igual ao silêncio de mil crentes, já
do barulho não se pode dizer o mesmo!”. Se os crentes ficam em silêncio,
quietos em seu cantinho, não são notados, não fazem diferença. Ao olharmos ao
redor, vemos que a sociedade se organiza para silenciar a pregação do
Evangelho. Exemplo o Estatuto das Cidades, Estatuto do Índio que virtualmente
obsta que o cidadão nativo mude de religião; as leis contra discriminação
usadas para impedir que a igreja pregue contra o pecado; a lei da indisciplina
que ameaça os cristãos que corrigem seus filhos conforme a Bíblia. Paulo está
em sua 2ª viagem missionária, que fez entre 49 e 52 dC. Ele vem de frutíferas,
mas conturbadas estadias em Filipos, Tessalônica, Bereia e Atenas. Paulo começa
a trabalhar e a pregar o Evangelho. Não tarda a enfrentar a oposição de grupos
que desejavam silenciar como: O grupo religioso (v.6,12). Formado pelos judeus
reunidos em comunidades exclusivas em cada cidade por onde passava, este grupo
resistia à dinâmica da fé. O grupo mundano (v. 4, 6). Paulo se refere a
ele como gregos ou gentios. O grupo oficial (v.14-17). Este grupo
representado por Gálio, procônsul da Acaia, irmão do célebre filósofo Sêneca, e
seus lictores (guardas do tribunal) também pretende manter o status quo,
não dando importância, nem protegendo nem atacando na disputa entre Paulo e os
judeus. O objetivo essencial deste texto é, indiscutivelmente, que Paulo deixe
de lado o medo que poderia silenciá-lo, e continue pregando. Para alcançar esse
objetivo, Deus garante a Paulo que nada lhe sucederá, e de fato, depois, mesmo
tendo sido levado ao procônsul, nada aconteceu a Paulo ainda. Mas seria um erro
pensar que essa proteção foi resultado de algo que Paulo era ou fazia, porque
sendo o mesmo homem e cumprindo o mesmo ministério, em outros momentos ele
passou fome, frio, sofreu açoites. Os motivos da proteção que Paulo teria
naquele momento são outros. Ele seria poupado por quem Deus é – “pois eu
estou com você” pelo que
Deus faz - “tenho muita gente nessa cidade”. Paulo precisou
vencer o medo que silencia e insistiu em pregar, mesmo quando sofria
espancamento e privações. O que você vai fazer? O mundo se organiza para
silenciar você e impedi-lo de pregar o verdadeiro Evangelho: Sabendo disso,
tome hoje uma decisão firme e imutável de vencer o medo e continuar a pregar o
Evangelho vivo e puro do Senhor Jesus. E nessa decisão, eu quero alentar você
com um pensamento que achei muito significativo: “Coragem não é a ausência do
medo, mas a consciência de que há coisas muito mais importantes do que temer!”.
Deixe que a maravilhosa voz de
Deus ecoe em seus ouvidos “Não tenha medo, continue falando e não fique
calado”, seja muito mais importante em sua vida do que o temor de perder
qualquer coisa, até a própria vida. Deixe que os
covardes fiquem em silêncio, mas você continue falando, “Pois Deus não nos
deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.” (2Tm 1:7)
Ele nos chamou para fazer a diferença nessa terra e em nossa geração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário