quinta-feira, 5 de novembro de 2009

AS QUALIDADES DO OBREIRO APROVADO.

Hoje é comum encontrarmos obreiros que trabalham para Deus, e os que trabalham para si, por este Brasil a fora. Sem contar com aqueles que querem misturar o Sagrado com o profano afirmando ser a mesma coisa. Será que não conhecem as regras estabelecidas pelo próprio Deus na vida daqueles que almejam o episcopado? Veremos então como o apóstolo Paulo responde a luz Bíblia sobre as qualidades que o obreiro precisa ter para o bom desempenho do ministério que lhe foi confiado.

Paulo faz referencia as qualidades do obreiro em duas das três Epístolas Pastorais. A primeira lista de qualidades que o ministro deve ter se encontra em (I Tm. 3. 2-12), e a outra se encontra em Tito (1. 6-9). Ambas têm as mesmas conotações e exigências. Fez-se realmente necessário que Paulo expusesse essas virtudes a serem seguidas para que os seus jovens obreiros (pastores) fossem exemplos, como ele fala em Tito (1.10,11), “Pois há muitos insubordinados, que não passam de faladores e enganadores, especialmente o grupo da circuncisão”. É necessário que eles sejam silenciados, pois estão arruinando famílias inteiras, ensinando coisas que não devem, e tudo por ganância.

Se o obreiro tivesse qualidades dignas de homem de Deus jamais alguém poderia argüi-lo. Neste intuito ele alista as seguintes qualidades.

1. O obreiro deveria ser irrepreensível: o termo irrepreensível no grego (anepitempto) significa literalmente "que não se pode atingi-lo". Isto implica uma vida justa em todos os aspectos: social, moral, conjugal e espiritual, se ele tivesse um tratamento justo com os de dentro e os de fora da igreja, então ele poderia servir como modelo para que todos os seguissem.

2. Marido de uma só mulher: Esta exigência de Paulo para o ministro demonstra que ele deve ser fiel a sua esposa, para que possa ser tomado como padrão de ética e moral. O padrão bíblico deveria não somente ser aprendido pela palavra, mas também pelo exemplo daqueles que se comprometessem com o evangelho.

3. Não dado ao vinho: O vinho era irrecomendável, para os reis, juízes e príncipes e também para os que eram destinados a fazer serviços que demandavam alto nível de consagração.

4. Moderado: O obreiro deve se equilibrado, não buscando contendas e não se apegando a letra da lei com toda a sua energia, mas buscar temperar as coisas de maneira que o seu rebanho venha conseguir se alimentar o máximo de suas exposições.

5. Sensato: É necessário que o obreiro tenha sensatez para que de forma alguma se ministério venha a ser censurado. Portanto ele precisa ser vigilante para as situações não o induza a ir além das suas possibilidades.

6. Não contencioso: é importante notar que o inverso de contencioso é pacificador, já que o obreiro não deve ser contencioso; logo ele deve ser pacificar. A igreja é um lugar que carece de pessoas que sabe contornar situações em vez de colocar lenha na fogueira.

7. Não avarento: Paulo ensinou a Timóteo que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males e que na cobiça em busca dos mesmos muitos tem se desviado da fé. Paulo também fala que o obreiro deve se satisfazer em ter o necessário para sua manutenção diária. Entende-se com isto que a busca pela riqueza leva o obreiro a se desviar do alvo que é a obra de Deus.

8. Que governe bem a sua casa tendo os seus filhos em sujeição, com toda modéstia: é imprescindível que o obreiro tenha controle sobre a sua casa, pois isto denota liderança. Paulo ao falar disto para Timóteo e Tito, certamente ele tinha em mente que se homem que não consegue dominar bem a sua família que é um pequeno grupo jamais terá êxito de frente com um número expressivo e isto lhe desqualificaria para ser um obreiro.

9. Não "novo convertido": A razão porque um novo convertido não deve ser separado para o ministério é que ele não possui experiências, isto lhe oferece uma chancela grande para se vangloriar e tão logo cair na condenação do diabo como o próprio texto de I Tm. 3.6 expressa.

10. Ter bom testemunho: O bom testemunho não deve ser visto somente como uma necessidade (intramuros) dentro da igreja, mas também (extramuros), para que o diabo não encontre guarida para atacá-lo e fazê-lo perder o crédito dos fiéis e dos infiéis. Conclui-se que o bom testemunho é uma qualidade indispensável para o ministério cristão.

11. Experiente na palavra: esta qualidade se encontra em Tito 1.9. nos dia de Paulo, Timóteo e Tito havia muita contradição ao evangelho, muitos difamadores, portanto se fazia necessário que aquele que empenhasse no exercício cristão tivesse consciência de que realmente estavam na posição certa e ao mesmo tempo tivesse condições de fazer calar aqueles opositores.

12. Homem de fé e de boa consciência: o obreiro deve ser um homem de fé, haja vista estar trabalhando com o mundo espiritual. Esta qualidade ministerial, Paulo aplicou aos diáconos, porém ela serve para qualquer que esteja no ofício ministerial.

13. Dado a hospitalidade: No conceito de Paulo não se podia admitir um obreiro que não fosse generoso, acolhedor. Esta qualidade está intrínseca na vida daqueles que foram alcançados verdadeiramente por Jesus e que se identificam com o chamado divino.

14. Santo, Justo e temperante: São qualidades que se entrelaçam umas as outras e que não sobrevivem à parte. Santidade é exigida em toda a bíblia, mesmo que não seja obreiro separado para o ministério cristão o crente precisa ser santo, muito mais agora separado. Justiça e temperança não andam nem um centímetro fora da santidade.

Conclusão:

Se o senhor não nos falar primeiro, não teremos nada a dizer a nossa geração, porque o respeito próprio é o principal indicador de nossa integridade como pessoas. Sem ser integro consigo mesmo é impossível ter integridade ao liderar os outros. Por isso se faz necessário essas qualidades em nossas vidas e ministérios até porque sem Deus nada podemos fazer. E como disse Samuel a Saul “é melhor obedecer do que sacrificar”. Quem nasceu no tempo com certeza vai colocar em prática essas verdades e vivê-las o que é importante na divulgação das boas novas de Cristo no mundo em que vivemos.

E-mail carlosdaana@yahoo.com.br



Autor: Carlos Nelson é Pastor Missionário e bacharel em Teologia pelo IBAD. Coordena o curso de missões das Assembléias de Deus Belém – SJ dos Campos –SP, estagiou no Uruguai, Argentina e Paraguai pela “EMAD” foram missionários entre os Índios Macuxis, na fronteira do Brasil com a Guiana Inglesa no Estado de Roraima e missionários na Venezuela.

2 comentários:

  1. PAZ DO Senhor Pr.

    Parabens pela visao recebida

    Pr Caio Cesar
    AD olimpia-sp
    ev_caiocesar@hotmail.com

    ResponderExcluir
  2. Esta palavra me ajudou a ministrar aos nossos obreiros, Parabéns que Deus continue a te iluminar com esta sabedoria.

    ResponderExcluir

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Pastores fundadores do IBAD, Rev. João Kolenda Lemos e Mis. Ruth Doris Lemos, que foi chamada para Glória de Deus hoje.

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Confrartenização com os obreiros no centro de treinamento Peniel em Roraima

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DIZEM AS MÁS LINGUAS.

Há uma história atribuída ao filósofo grego Sócrates, que quero compartilhar com o leitor: “Na Grécia antiga, Sócrates (469-399AC) era um mestre reconhecido por sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo se encontrou com um conhecido, que lhe disse: Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos? Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria que você passasse por um pequeno teste. Chama-se ”Teste dos três filtros”. Três filtros? Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar o que vai me dizer.
O primeiro filtro é o da Verdade. Você está completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade? Bem, não… Acabo de saber neste mesmo instante… Então, você quer me contar sem saber se é verdade?
Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno? Não, pelo contrário… Então, interrompeu Sócrates, quer me contar algo de ruim sobre ele que não sabe se é verdade?
Bem, você pode ainda passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, o da Utilidade. O que quer me contar vai ser útil para mim? Acho que não muito…Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, pode não ser bom e pode não ser útil, para que contar?
Se os três filtros de Sócrates fossem observados sempre, imagine a quantidade de amizades que seriam preservadas, de casamentos que não seriam destruídos, de reputações que não seriam destroçadas. Infelizmente há um prurido no ser humano para falar (mal) de outros. Você já deve ter ouvido o chavão: “dizem as más línguas…”. Ora se são más as tais línguas, porque a minha própria reproduzirá o que elas disseram, tornando-se igualmente má?
A língua continua sendo um fogo devorador, de efeitos devastadores, como escreveu Tiago, um mundo de iniqüidade, um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Há algo que alimenta o vício de falar mal de outros: os consumidores de fofoca. É como o tráfico de drogas, só há traficante porque há usuários. Assim também aquele que espalha o mal sobre os outros, sem sequer saber se é verdade e pelo simples prazer em falar mal, é um traficante de destruição, que tem consumidor. Tolo, se o sujeito fala mal de outros para você, falará mal de você para os outros.
Quero começar a observar os tais três filtros, tanto no que vou dizer, como no que vou ouvir. Se for verdade, terá também que ser dito por bondade e, ainda assim, terá de ser útil. Caso não se saiba se é verdade, ou passar longe da bondade e não for útil para alguém, se não servir para edificação, não quero falar e também não quero ouvir.
Pedro, o apóstolo, aconselha o seguinte: “Pois, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e os seus lábios de palavras enganosas. Afaste-se do mal e faça o bem; busque e siga a paz.
Se os filtros de Sócrates e o conselho de Pedro fossem observados, muitos casamentos, amizades e comunidades permaneceriam íntegras e o mundo seria mais pacífico, um lugar melhor para se viver. Quando alguém chegar para você e disser: “dizem as más línguas” e seus olhos brilharem e você ficar atiçado para ouvir, lembre-se dos filtros e não compactue com a maldade das tais línguas. Façamos assim e seremos homens de Deus que não tenha de que se envergonhar e maneja bem a palavra da verdade.

Em Cristo Pr. Carlos Nelson.