quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O MINISTÉRIO E SUAS IMPLICAÇÕES

O ministério e suas implicações


O apóstolo Paulo, nas Epístolas Pastorais, tratando sobre a estrutura eclesiástica, ou ministerial, alista uma série de implicações que o ministério de seus jovens obreiros teria, e que perpassaria com certeza para futuros ministros. Entre elas estão às qualidades do ministro, que são de grandes relevâncias. Paulo, a exemplo dos obreiros do Antigo Testamento dizia aos seus companheiros de fé que não fosse dado ao vinho (Pv 31.4-7; Nm 6.1-5; Jz 13.4-7). Para ele a alegria do obreiro não estava no vinho, pois nele há contenda, mas sim no viver cheio do Espírito Santo (Ef. 6.18). Ser obreiro qualificado, na ótica de Paulo também implicava em ter uma vida moral equilibrada, vivendo longe da poligamia (I Tm. 3.2), sendo sóbrio, tendo um viver vigilante e honesto e cheio de condições para o ensino, o que demandava não só o conhecimento, mas o exemplo em sua própria pessoa.

Ao estudarmos as pastorais, encontramos as mais belas e necessárias lições para a práx cristã. É impossível trafegarmos pelos caminhos das pastorais sem nos esbarrarmos com as orações de Paulo por seu "Filho" Timóteo II Tm. 1.3, bem como o incentivando para em seu jornadear cristão. Oh! Como falta incentivo hoje! Não é estranho também encontrarmos Paulo agradecendo a Deus e reconhecendo a sua criação em todas as coisas (I Tm 4.4-5), demonstrando que isto que deve ser uma prática constante. Se Paulo vivesse em nossos dias, com certeza, ele reclamaria a prática da vida cristã, ao ver o abandona das viúvas, a avareza que permeia não só a igreja, mas também o ministério. Segundo as pastorais, não existe vida cristã sem praticidade, pois como já dizia Jesus nos evangelhos, vida cristã é sentir a necessidade de outrem. (Mt. 5.40-46).

Todas as lições expostas nas pastorais não só são importantes quanto essenciais. Haja vista, que as pastorais têm servido de manual eclesiástico. Paulo fala a seus obreiros, que se eles seguissem aquelas instruções, seriam bons ministros. Os ensinos de Paulo continuam tão eficazes quanto naqueles dias, pois se lá estavam os agnósticos desacreditando na possibilidade de Deus ter se manifestado em carne, hoje temos o Neo- liberalismo, o Racionalismo Cristão e tanto outros "ismos". Se lá já estavam os falsos mestres (I Tm 4.1; II Tm 3.1 ss.), com ensinos distorcidos das coisas de Deus, sendo totalmente avessos ao "sagrado”, muito mais hoje temos quando os tempos são modernos (para não dizer pós-moderno). Hoje mais do que nunca os obreiros devem ler as pastorais e extrair delas o ensino para um viver diário com Deus.

Um dos temas mais importante nas pastorais é a separação de obreiros. Paulo coloca entre os vários requisitos para o ministério, o não ser neófito que no gr. Sig. Recém plantado (I Tm. 3.5). Quando ele coloca esta exigência, logo explica a causa: "Para que não se ensoberbeça". Lamentavelmente este tem sido um dos grandes (talvez dos maiores) problemas atuais. Ainda Paulo ressalta: "Deve ser apto para ensinar". As separações de obreiro segundo o modelo das pastorais seguiam uma série de exigências bastante rígida que Oxalá fosse seguida hoje. Houvesse uma seleção dentro dos padrões exigida nestas cartas e teríamos muito menos problemas.

Que Deus nos ajude a por em prática as qualidades que Paulo expõe nas pastorais. Que não seja utopia e se for que seja "utopia realizável". Que a vida cristã ali exposta seja a nossa vida diária. Que ao ocuparmos uma posição não nos orgulhemos, antes rendamos graças ao Pai das luzes (Tg 1.17).



Soli Deo Glória

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DIZEM AS MÁS LINGUAS.

Há uma história atribuída ao filósofo grego Sócrates, que quero compartilhar com o leitor: “Na Grécia antiga, Sócrates (469-399AC) era um mestre reconhecido por sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo se encontrou com um conhecido, que lhe disse: Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos? Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria que você passasse por um pequeno teste. Chama-se ”Teste dos três filtros”. Três filtros? Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar o que vai me dizer.
O primeiro filtro é o da Verdade. Você está completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade? Bem, não… Acabo de saber neste mesmo instante… Então, você quer me contar sem saber se é verdade?
Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno? Não, pelo contrário… Então, interrompeu Sócrates, quer me contar algo de ruim sobre ele que não sabe se é verdade?
Bem, você pode ainda passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, o da Utilidade. O que quer me contar vai ser útil para mim? Acho que não muito…Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, pode não ser bom e pode não ser útil, para que contar?
Se os três filtros de Sócrates fossem observados sempre, imagine a quantidade de amizades que seriam preservadas, de casamentos que não seriam destruídos, de reputações que não seriam destroçadas. Infelizmente há um prurido no ser humano para falar (mal) de outros. Você já deve ter ouvido o chavão: “dizem as más línguas…”. Ora se são más as tais línguas, porque a minha própria reproduzirá o que elas disseram, tornando-se igualmente má?
A língua continua sendo um fogo devorador, de efeitos devastadores, como escreveu Tiago, um mundo de iniqüidade, um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Há algo que alimenta o vício de falar mal de outros: os consumidores de fofoca. É como o tráfico de drogas, só há traficante porque há usuários. Assim também aquele que espalha o mal sobre os outros, sem sequer saber se é verdade e pelo simples prazer em falar mal, é um traficante de destruição, que tem consumidor. Tolo, se o sujeito fala mal de outros para você, falará mal de você para os outros.
Quero começar a observar os tais três filtros, tanto no que vou dizer, como no que vou ouvir. Se for verdade, terá também que ser dito por bondade e, ainda assim, terá de ser útil. Caso não se saiba se é verdade, ou passar longe da bondade e não for útil para alguém, se não servir para edificação, não quero falar e também não quero ouvir.
Pedro, o apóstolo, aconselha o seguinte: “Pois, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e os seus lábios de palavras enganosas. Afaste-se do mal e faça o bem; busque e siga a paz.
Se os filtros de Sócrates e o conselho de Pedro fossem observados, muitos casamentos, amizades e comunidades permaneceriam íntegras e o mundo seria mais pacífico, um lugar melhor para se viver. Quando alguém chegar para você e disser: “dizem as más línguas” e seus olhos brilharem e você ficar atiçado para ouvir, lembre-se dos filtros e não compactue com a maldade das tais línguas. Façamos assim e seremos homens de Deus que não tenha de que se envergonhar e maneja bem a palavra da verdade.

Em Cristo Pr. Carlos Nelson.